quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Buraco da Zefinha, território do samba e do amor

Geraldo de Majella

As rodas de samba aconteceram durante vários anos em Jaraguá, bairro boêmio de Maceió. O Buraco da Zefinha, botequim que reunia a fina flor da boemia do bairro e que atraiu uns tantos representantes da classe média, professores universitários, médicos, agrônomos, poetas, filósofos, arquitetos, assistentes sociais, nutricionistas, mas também acorriam para as rodas de sambas, trabalhadores, mecânicos, portuários, catraieiros, estivadores, motoristas e, vez por outra, apareciam umas meninas de profissão duvidosa, que eram aceitas sem nenhuma discriminação.
Para alegria geral eram elas as mais animadas. Tinham o samba no pé e o coração dadivoso, levando muitos dos marmanjos para dançar no apertado salão, entre as mesas.
Duas personalidades se destacavam no botequim: um era o cantor José Paulo, negro, voz grave; os óculos ray ban eram a sua identidade − aquele negrão alto se impunha pela elegância e pelo sorriso largo. O poeta Paulo Renault era o outro. Os dois, cada um a sua maneira, agregavam amigos, bambas para as tardes de sábado no Largo do Mercado de Jaraguá.
Ritinha, médica pediatra, era uma frequentadora assídua das tardes de samba no Buraco da Zefinha. Acostumada ao trabalho intenso no consultório e nos plantões em dois hospitais, de uma coisa ela não abre mão: das rodas de sambas nos dias de sábado. É o momento da sua vida em que ela se permite o prazer, sem que tenha possibilidade alguma de pensar em trabalho.
A profissão é tudo o que tem de mais significativo e importante para Ritinha e para a sua família. Nasceu numa família pobre, proletária; os pais são trabalhadores, a mãe, lavadeira, está aposentada por invalidez; adquiriu uma hérnia de disco que a incapacitou para o trabalho, inclusive o doméstico. O pai, que iniciou a vida como pedreiro, hoje é mestre de obras e anda cada vez mais animado com o boom da construção civil.
A única filha é médica – orgulho para os pais, uma espécie de troféu −, a única de toda a família. Bem-humorada, festeira, dança todos os ritmos, mas é o samba o ritmo de que mais gosta. É portelense como ninguém. Quando vai se aproximando o carnaval, procura aprender o samba-enredo da Portela, escola em que desfila há dez anos.
O seu jeito independente e alegre tem erguido barreiras entre os casais no botequim. As mulheres não costumavam lhe dar conversa, talvez por insegurança, medo, quem sabe, de que em algum momento um dos maridos possa ser fisgado pelos olhares e trejeitos da mulata fatal do Buraco da Zefinha.
Os olhos castanhos da mulata se fixaram num arquiteto-boêmio e poeta bissexto. Passaram muitos finais de semana um jogando com o outro. Houve um ex-militar e escritor que se jogou na direção de Ritinha, mas não logrou êxito. A pediatra fez a sua escolha, atendeu aos batimentos do coração: os olhares correspondidos entre ela e um negrão frequentador assíduo do botequim.
Florisvaldo é um malandro de fala mansa, conhecido na área, com anos de rodagem. Talvez por essas características tenha sido o escolhido pela pediatra, que deixa aos sábados o estetoscópio em casa e sai despojada com um tamborim para tocar na roda de samba. Fulô, como é conhecido por todos, é tido como um cara esperto, “safo”, um cobra-criada na roda da malandragem. Trabalhador, catraieiro, vive desde muito jovem no porto de Maceió. Acostumado às intempéries.
Mas foi pego de surpresa. Primeiro, não imaginou que Ritinha o chamasse para dançar, e muito menos, num segundo momento, lhe dissesse ao ouvido, sussurrando: “Você é meu, gatão. Estou de olho em você faz tempo”.
O samba entrou pela noite, cervejas e cachaças foram tomadas, elevando o grau alcoólico. No final, Ritinha pagou a conta integralmente e o convidou para sair pela noite. Outra surpresa, a terceira em poucas horas: foi levado do botequim para uma noitada a dois num dos motéis da cidade.
De encontro em encontro, os dois passaram a ter uma relação mais séria, mas cada um vivendo em sua casa. A pediatra mora no mais elegante bairro de Maceió, a Ponta Verde, e Florisvaldo de Jesus, numa casa de Cohab, no Jacintinho, bairro popular. O relacionamento impactou a vizinhança; o jeitão desleixado de Fulô logo caiu na boca dos porteiros e de algumas fofoqueiras de plantão do condomínio.
Nada que incomodasse a ilustre moradora. Pagava as suas contas em dia, para ela isso era o que importava. Acontece que o fato de ser bem-humorada e de bem com a vida, falar com todos indistintamente, para Florisvaldo, que não tinha esse tipo de relação com as suas outras namoradas e muito menos com a ex-mulher, passou a incomodar e não demorou a explodir uma tremenda crise de ciúmes.
Depois de cinco meses de namoro, um verão passado juntos, Ritinha, na roda de samba, fala para os amigos que vai novamente desfilar na sua escola do coração: a Portela. A partir desse momento o caldo foi entornando: olhares de desaprovação e cenas explícitas de ciúme se tornaram públicas.
Desavisado, Mário, amigo e ex-namorado, havia chegado de uma viagem; não sabia do namoro e não havia percebido o clima de ciúme explícito. Chamou-a para dançar, e o pedido foi prontamente aceito. Os dois foram acintosamente observados pelo namorado.
A cena foi vista, de longe, pelas despeitadas mulheres que acompanham os maridos, marcando-os severamente. Os comentários rapidamente foram feitos de mesa em mesa. A altivez da pediatra não permitia passar recibo; dura, enquadrou o namorado ciumento. E disse-lhe em voz alta que iria ao Rio de Janeiro, como já havia ido nos últimos nove anos. Fez questão de apresentar ao amigo o namorado e ressaltar a sua atitude infantil.
O carnaval estava próximo. As passagens estavam reservadas, inclusive a de Florisvado de Jesus, que nem sabia que seria presenteado. Era a surpresa que a amada iria lhe fazer.
A proximidade do carnaval foi aumentando o ciúme, e o clima piorou. Ritinha decidiu acabar com as cenas. Chamou-o para uma conversa e lhe disse que o amava, mas que era uma pessoa independente e que pagava um alto preço por ser assim. E não seria ele quem iria quebrar um compromisso com a sua escola e estragar o prazer em desfilar no carnaval carioca.
A reunião colocou um ponto final no namoro. As lágrimas correram dos olhos do casal. Mesmo diante de tanto choro, Ritinha foi desfilar. Antes, passou na sua cabeleira, se depilou, cortou os cabelos, fez massagens. Um pouco antes de viajar, passou na casa dos pais para se despedir e deixou dinheiro para eventualidades. Procurou ocupar o tempo, mas o seu negrão não lhe saía do pensamento. O avião voando a doze mil pés de altitude, e Ritinha chorando baixinho, quase soluçando, com lágrimas rolando pelo rosto, manchando a maquiagem, toma uma atitude. Batuca na mesinha e cantarola baixinho um samba preferido: “Vem, meu novo amor/Vou deixar a casa aberta/ Já escuto os teus passos/Procurando o meu abrigo”.

domingo, 23 de outubro de 2011

Uma tarde de samba


Geraldo de Majella
O crepúsculo todos os dias é inexorável. Ao passo que o sol vai se escondendo, magistralmente vem despontando a lua − senhora da noite e dama indispensável do amor. Mas naquela tarde de maio o samba era o senhor dos corações e aspergia alegria, contagiando a todos que estavam no salão, tanto os que dançavam quanto os que, sentados às mesas, bebiam, conversavam e namoravam.

Ao sair de casa, Romualdo pensou alto: “Vou em busca de uma namorada”. Talvez ficando plantado num local onde tivesse uma visão panorâmica do salão, por certo, lhe deixaria uma visão do alvo a ser escolhido. A batida do surdo era para ele o som que vinha do coração. A dupla de cantores interpretava músicas consagradas, e todos no salão, em uníssono, cantavam ou cantarolavam, o que só fazia crescer o clima de animação e alegria.

O Oráculo, faz tempo, se tornou um palco referencial para os sambistas e para os que curtem samba em Maceió. O clima de alegria é propicio para se dançar e também, quem sabe, para iniciar um namoro. Foi numa tarde de sábado, não sei precisar, que avistei uma bela mulher, que me chamou a atenção: dançava animadíssima, sorridente; fiquei olhando, acompanhando os seus movimentos, mas feito um raio em dia de céu aberto, sumiu e não consegui mais vê-la. Procurei por todos os cantos, me pus a andar, mesa por mesa, olhando atentamente. Perdi-a de vista.

Qual não foi a minha surpresa, no fundo do salão, quando a encontrei sentada, tomando água de coco, conversando animadamente com as amigas. Permaneci a meia distancia, novamente acompanhando os seus passos. O que me restava fazer era esperar a oportunidade para abordá-la.

A mulher ansiada tinha traços fisionômicos semelhantes aos de uma outra pessoa que não conseguia identificar com clareza. Será que realmente a conhecia? Será que ela é uma médica que trabalha numa casa de saúde onde faço exames regulares? Tudo ia ficando confuso, e a minha memória não ajudava. Chego a pensar que ela trabalha contra mim, pois quando eu mais necessito dela, como nesse momento, ela não é precisa, clara. Deixa-me ainda com mais dúvidas.
Romualdo resmunga, e diz: “Nada nessa hora pode me atrapalhar”. O que estava se desenhando em sua cabeça era encontrar um meio rápido para sentar àquela mesa com tantas mulheres bonitas e alegres. E entre elas a que lhe chamou a atenção, a que passou a ser desejada.

Os requebros, as pernas torneadas, olhar sensual, silhueta definida pelo vestido jeans azul, tudo enfim é motivo para fantasiar; e ela, leve, calma, risonha, não imaginava que houvesse olhos tão atentos e virados em sua direção.

Sumiu no meio da multidão. Foi embora para casa, saindo à francesa. Mas nada como a sorte: havia uma amiga comum que o socorreu, ao ser indagada sobre quem era e qual o nome da amiga. Os contatos foram feitos, números de telefones foram passados, e em poucos dias aconteceu o melhor: o encontro ansiado num restaurante.

A mulher até então desconhecida e que sambava passou a ser a senhora do coração de Romualdo.
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Daí em diante a vida é puro amor.

domingo, 16 de outubro de 2011

Mozart Damasceno, o bom burguês


Resgatando a Memória

História política de Alagoas está presente no livro Mozart Damasceno, o bom Burguês .

“Este livro narra a história de Mozart Damasceno (1925-87), próspero comerciante alagoano, natural de Murici, que durante a maior parte de sua vida adulta foi militante convicto do Partido Comunista Brasileiro (PCB)”, relata a historiadora Janaína Amado.

Escrito pelo historiador alagoano Geraldo de Majella e publicado pelas Edições Bagaço, o livro será lançando no dia 19 de outubro, às 19h, na pizzaria Armazém Guimarães, em Maceió.
A história se conta, se aprende e se ensina de várias maneiras. Este livro nasceu de uma entrevista realizada pelo Majella (e outros jovens militantes do PCB na década de 1980) com o Mozart, e através de uma prosa divertida deixa o leitor informado dos aspectos importantes da história do PCB em Alagoas. “O leitor conhece de perto alguns de seus militantes, tanto dirigentes como membros anônimos do partido, alguns deles figuras que parecem saídas de algum romance”, disse a historiadora Janaína Amado.
“O Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi a organização política que mais tempo atuou em Alagoas: de 1924, quando foi fundado, até ser extinto em 1991. Ao todo foram 67 anos de existência. Quem tiver acesso ao livro vai conhecer esta história, mas também conhecerá um pouco da vida e do homem Mozart Damasceno”, explicou o autor Geraldo Majella.
O historiador Geraldo de Majella tem se dedicado às pesquisas sobre a história do PCB em Alagoas há mais de 25 anos. O acervo do historiador passou a ser um grande referencial para os que pesquisam a história política recente do nosso estado e da esquerda.
O livro é prefaciado pela historiadora baiana Janaína Amado, e a orelha é assinada pelo historiador alagoano Osvaldo Maciel, professor da Ufal e da Uneal.

Sobre o autor

O historiador Geraldo de Majella, alagoano de Anadia, é formado pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac).

Foi durante vinte anos militante, dirigente estadual e nacional do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB), e por um curto período pertenceu à direção nacional do Partido Popular Socialista (PPS). Desde 1998 está filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Nas últimas décadas tem exercido funções públicas relevantes em São Paulo e em Alagoas. Atualmente é presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) e membro do Conselho Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar.

SERVIÇO:

O QUÊ: LANÇAMENTO DO LIVRO Mozart Damasceno, o bom burguês
QUANDO: 19/10, às 19h
ONDE: PIZZARIA ARMAZÉM GUIMARÂES, Av. Amélia Rosa, 188, Jatiúca
Quanto Custa: 20,00

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A mulher do colante lilás

Geraldo de Majella

Os cuidados com a saúde têm sido assunto de todos em todos os locais, públicos e privados, nas empresas, botequins e nas fazendas, nas capitais e no interior. O Brasil é um país onde há uma real preocupação com a saúde. Os médicos não se cansam de recomendar os necessários cuidados para se ter uma vida saudável.

O bem não amanhece nas televisões. Podemos visualizar apresentadoras loiras e saradas dizendo o que devemos fazer para manter a saúde: caminhadas regulares, pelo menos três dias por semana, durante uma hora, de preferência em locais agradáveis. Além das providenciais recomendações de que teremos de reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas; gorduras trans, nem pensar, pois esses venenos matam o sujeito pelo simples fato de pensar em ingeri-los (o açúcar deve ser substituído por adoçantes), arrematando com a severa reprimenda: fumar faz mal, adverte o Ministério da Saúde.

Os programas não perdem o foco: vida saudável. A minha meta é alcançar, pelo menos, a metade da idade de Matusalém. Há programas nas tvs pagas exclusivos e destinados às diversas faixas etárias, seja melhor idade, crianças, adolescentes, bem como para os de meia-idade. Os que desejam viver bem têm de comer melhor. Aliás, essas são as condições sine qua non para atingirmos a melhor idade em boa forma.

Obediente às orientações médicas, tenho acordado cedo, disposto a superar qualquer tipo de obstáculo que venha a causar transtorno à minha frágil saúde. Nunca me imaginei tão frágil assim. Mas diante das consultas médicas a que venho sendo submetido anualmente fiquei com essa impressão, ou certeza, melhor dizendo. Tenho caminhado regularmente cerca de seis quilômetros nos sete dias da semana.

Sinto que tem havido melhoras consideráveis na minha condição física, mas o que mais me faz sentir bem é quando os meus olhos avistam a mulher de roupa colante. Não é mais uma ninfeta, está na casa dos quarenta; para ser mais preciso: passa dos quarenta e cinco anos.

A turma de cinquentões que caminha disciplinadamente todos os dias segue as recomendações dos cardiologistas: passos largos e olhos atentos ao movimento; o que faz mudar o papo descontraído é uma mulher que se veste sempre com colantes, variando apenas as cores. Para eles evidencia-se a preferência dela pelo lilás, embora todos estejam convictos de que ela tem mais de uma peça no seu guarda-roupa.

O corpo da mais admirada entre tantas mulheres que caminham na orla de Maceió, pelas manhãs, apresenta curvas perfeitas, bem definidas, e que são atraentes de longe ou quando se aproxima num cadenciado jogo de pernas e sensualidade que muitas vezes quebra o ritmo da caminhada dos seus indisfarçáveis admiradores matutinos.

A mulher de colante lilás não precisa seguir as recomendações das apresentadoras loiras das tvs; ela é sarada e cuida bem da saúde, não se deixar iludir pelo merchandising dos programas televisivos. O corpo escultural, cheio de sensualidade, que vem e passa todas as manhãs pela orla de Jatiúca é, para os cinquentões, o melhor remédio para o controle da pressão arterial, regula o colesterol nas suas duas vertentes, HDL e LDL, além de exercer um fantástico estímulo para se viver bem e com saúde.

Caminhar pela manhã faz bem à saúde − é uma recomendação do meu cardiologista.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mozart Damasceno, o bom burguês


Marcelo Vieira, Xavier, Neném, o advogado José Moura Rocha e Mozart Damasceno em Murici (Alaogas), na década de 1980.
O juiz de direito Paulo Mendes da Rocha, o ex-deputado Agostinho Dias de Oliveira (PCB-Pe) e Mozart Damasceno em frente ao antigo Bar das Ostras, em Maceió (Alagoas).

RESGATANDO A MEMÓRIA

Livro revela fatos importantes da história política de Alagoas

Texto de Clara Cavalcante

O historiador Geraldo de Majella, 50 anos, nascido em Anadia (AL), lançará o livro Mozart Damasceno, o bom burguês, que será publicado pela Edições Bagaço, no dia 19 de outubro, na Pizzaria Armazém Guimarães em Jatiuca. O livro traz um extenso relato da vida do empresário Mozart Damasceno, militante do Partido Comunista Brasileiro e um dos principais financiadores do PCB.
Mozart Damasceno nasceu em Murici em 1925 e faleceu no dia 2 de junho de 1987, em Maceió. A vida do empresário comunista é pontilhada de fatos interessantes como a viagem que realizou à União Soviética em companhia do dirigente comunista Jayme Miranda, do médico Edler Lins e do usineiro Napoleão Moreira, em 1958, e sobre sua prisão ocorrida nos primeiros dias de abril de 1964, pelos militares golpistas.
O historiador Geraldo de Majella tem se dedicando as pesquisas sobre a história do PCB em Alagoas há mais de vinte e cinco anos. O acervo do historiador passou a ser um grande referencial para os que pesquisam a história política recente do nosso estado e da esquerda.
O livro é prefaciado pela historiadora baiana Janaína Amado e a orelha pelo historiador alagoano Osvaldo Maciel professor da Ufal e da Uneal.

Sobre o autor

O historiador Geraldo de Majella é alagoano de Anadia, é formado pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac).

Foi durante vinte anos militante, dirigente estadual e nacional do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e por um curto período pertenceu à direção nacional do Partido Popular Socialista (PPS) e desde 1998 está filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Nas últimas décadas tem exercido funções públicas relevantes em São Paulo e em Alagoas. Atualmente é presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) e membro do Conselho Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar.


Serviço:

O quê: Lançamento do livro Mozart Damasco, o bom burguês

Quando: 19/10/2011, às 19h

Onde: Armazém Guimarães, Av. Amélia Rosa, 188, Jatiúca.